19 de dezembro de 2010

Férias na Zoropa!

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Meus queridos, La Chica Rizada tira os tão esperados dias férias. Desta vez, ela viaja, junto com a "prima" ao Velho Mundo, lê-se Europa. Serão quase 20 dias de pura diversão, aventura e muita história para contar, retornando apenas em 2011. Mas quem disse que ela, mesmo de férias, ficará desconectada (nerd viciada)?


Para acompanhá-la, basta dar uma passada no Las Mochileras de Tacón. Espero que todos gostem e curtam bastante. Aproveito desde já para desejar a todos um Feliz Natal e um Ano Novo lotado de coisas boas: saúde, paz, amor e, claro, dinheiro no bolso!

Até a próxima! =*

12 de dezembro de 2010

Proteção angelical

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Em meio ao clima natalino, sempre nos lembramos das boas ações para com as outras pessoas, incorporando o espírito de ajudar e fazer o bem. Foi por causa disso que me lembrei dos anjos da guarda. Quando somos crianças, sempre ouvimos os adultos falarem deles, que protegem a garotada de tudo. Quem nunca ouviu: “Bom que nada aconteceu a ele (a). O anjo da guarda dele (a) é muito forte!”? Pois bem, descobri que o meu se chama Mebahiah, que “ajuda a ter consolação e poder para vencer em qualquer tipo de atividade. Favorece também a proteção às crianças”. Mas será que esses seres angelicais permanecem zelando aquelas crianças que cresceram e se tornaram adultos cada vez mais descrentes das coisas boas, egoístas e com medo de sair pela rua por conta da violência?

Após receber uma notícia desagradável, fui andando até um ponto de ônibus para começar o meu dia de trabalho. Subi no veículo e me sentei na janela, onde tudo passava, mas não conseguia ver nada. De óculos escuros, comecei a chorar discretamente. Nesse meio tempo, uma senhora sentou ao meu lado, mas não percebi. Ao chegar a minha parada, peço licença a senhora para sair e dar o sinal de descida. Segundos depois, me dei conta que não desembarcaria sozinha. A senhora também. Ela ficou próxima a mim e, do nada, me disse com uma voz suave e baixa:

- Moça, não se preocupe. O motivo do seu choro é só uma fase. Tudo vai passar e acabar bem. Não se preocupe!


Fiquei paralisada com aquelas palavras de conforto ditas, casualmente, por uma estranha que nem se quer sabia o que se passava. O ônibus parou, a porta se abriu, a senhora desceu e eu permaneci parada por alguns segundos olhando-a descer. Durante o restante do dia, me senti mais confortada e tranquila. No fim das contas, tudo, de fato, foi apenas uma fase que acabou bem.

Em um fim de semana qualquer, saindo da locadora de DVDs, o meu celular toca. Atendo. Meu pai queria falar sobre alguma coisa que não me recordo. Conversando com ele, continuo andando e paro no semáforo, distraída com a ligação, para esperar atravessar. Foi ai que dois rapazes passam em uma bicicleta e me fitam na calçada, mas não dei bola. O sinal abre para mim e atravesso a avenida. Já chegando ao outro lado, escuto uma buzina de carro aleatória. Não dou bola. Depois, escuto uma voz:



- Ei, moça! – disse o rapaz em um carro parado no semáforo.
- Eu?!? – paro e vou em sua direção, após ele confirmar, imaginando precisar de alguma informação local.
- Cuidado! Aqueles dois rapazes na bicicleta vão querer lhe assaltar. Estavam olhando muito para o seu celular e conversaram entre si, gesticulando para você.
- Obrigada! – respondi meio assustada.

Segui andando até o salão de beleza onde frequento, que ficava nas proximidades. Conversei com as funcionárias sobre o fato e permaneci ali por alguns minutos. Os rapazes foram embora e continuei meu percurso.

Se foi meu anjo da guarda, não sei ao certo e talvez nunca irei saber. O fato é que, quando o tal Mebahiah estiver de folga, ainda poderei contar com os “anjos interinos”, pessoas que desejam o bem e zelam pelo seu próximo.

Quer descobrir qual o seu anjo? Entra aqui ó: Anjos, por Monica Buonfiglio.

24 de novembro de 2010

Uma “analfabeta tecnológica”

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Durante um almoço com colegas de trabalho, comecei a refletir uma questão: “será que estamos preparados para viver numa sociedade moderna e tecnológica, em que (quase) tudo pode ser resolvido com apenas alguns cliques, ou melhor, alguns toques?” Quando soube que o Brasil já tem mais celulares do que habitantes, me assustei. Todo dia sou surpreendida por novas ferramentas tecnológicas, como smartphones, iPhones, netbooks, televisões cada vez mais finas, internets que tentam ser mais rápidas, redes sociais, enfim. Há dez anos, quem imaginaria que usaríamos tais utensílios? Mas será mesmo que já podemos dizer que fazemos parte desse mundo... tecnológico?

Voltando à reflexão do almoço, solicitei ao garçom a máquina da bandeira do meu cartão para fazer o pagamento no débito. Ele começou o processo e, distraída de início, não havia percebido que estava demorando a passar o cartão, digitar alguns números e pronto. Uma ação de apenas alguns segundos, a depender da conexão entre a máquina e a operadora. Quando percebi, o garçom estava totalmente enrolado para efetuar o pagamento, coitado. A máquina do cartão mais parecia um labirinto sem saída, em que ele andava, andava e não chegava a lugar algum. Foi quando o gerente, acredito, se aproximou e começou a orientá-lo, como um professor que ensina o aluno na alfabetização, detalhe por detalhe o “ABC” tecnológico daquela ferramenta.


Ok, parecia que ele estava começando hoje e era um treinamento. Depois, mesmo assim, pensei: “minha nossa, qual a dificuldade de usar essa maquininha? Não há mistério algum: coloca o cartão no local específico do chip e automaticamente a máquina faz as perguntas de ‘débito ou crédito’, ‘à vista ou parcelado’, ‘valor’ e ‘senha’”. Foi ai que pequei em julgar a capacidade daquele rapaz, pois o comparei comigo, que pensava ser a "pós-graduada da tecnologia". Depois do fato, lembrei que aconteceu comigo praticamente a mesma coisa, quando me senti uma "analfabeta tecnológica"!

Na minha primeira viagem a Lisboa (Portugal), um amigo luso me levou a uma grande rede de supermercados para comprar um bom vinho e azeite portugueses. Assim como aqui, fui à fila de pequenas compras para efetuar o pagamento dos produtos. O susto: não havia caixas (lê-se funcionários), apenas os computadores, ou seja, tinha de efetuar tudo sozinha. Comecei a ficar nervosa na fila e pedi ao meu amigo português para me ajudar a manusear a tal máquina.

- É simples, Rafa. A máquina é bem didática. Basta passar os produtos e efetuar o pagamento. – disse meu amigo tentando me acalmar.
- E é? Do jeito que sou, vou me enrolar toda e o povo vai reclamar na fila. Vergonha da minha pessoa. Você vai me ajudar sim!


Chegou a minha vez. Comecei a ficar mais nervosa ainda. Mãos suadas e tremendo. Passei os produtos na máquina e, de fato, era didática. Chegou a hora do pagamento, o medo: como é que funciona? Não vou pagar no cartão. É preciso ter o dinheiro contado? O meu amigo luso só fazia rir da minha cara, e com razão, claro! Uma pessoa com certa “alfabetização tecnológica” ficar tão nervosa com uma simples máquina. Arrependo-me de, até hoje, não ter registrado esse momento ridiculamente tosco! Então, fiz o pagamento em dinheiro e coloquei as cédulas no local que a máquina indicava.

- Coloquei um valor bem maior. O troco vem certinho? – questionei (trauma do jeitinho brasileiro na versão do mal) ao meu amigo.
- Claro que sim. Se a máquina não tiver, ela avisa e uma pessoa vem aqui recolocar o dinheiro para o troco ser liberado.

Gente, para mim, foi a coisa mais surpreendente e espetacular da máquina ter “cuspido” as cédulas e moedas no valor do troco correto. Parecia uma criança que acabou de descobrir que a luz da geladeira se apaga quando a porta fecha!

- NOOOOOSSA! Hum... não sei se isso no Brasil daria certo. Bom, pelo menos no início...

Resumindo, ainda estamos no processo de “alfabetização tecnológica” que, infelizmente, não é acessível a todos. E mais infelizmente ainda é que a tecnologia está se atualizando cada vez mais rápido e ainda não estamos conseguindo alcançá-la...